Robalos, Robalinhos e Robalões

Texto: A.C.Cravo
Fotos: A.C.Cravo e Sergio Marchioni


 

       Seguramente e não necessariamente nesta ordem o Robalo, tanto o Flexa, (Centropomus undecimalis), quanto o Peba, (Centropomus parallelus) é junto com o Tucunaré, o grande sonho da maioria dos pescadores esportivos, que à sua procura chegam a percorrer centenas de quilômetros e eu não fujo à regra. Sempre que possível arrumo a tralha e vou à luta.

 
 

       Nos últimos tempos tenho dado preferência aos Robalos, talvêz pelo fato de serem mais “manhosos” que o Tucunaré, dificultando a captura, que sempre envolve o estudo do local, das marés propícias e do horário de maior ou menor movimento das águas, pois basta não ser atendida uma dessas situações para que a pescaria se resuma em “sorte” e depois não adianta falar que deu azar.

 

        Conhecendo o bicho
 
       O Flexa, de maior tamanho e de corpo mais alongado em relação à altura, tem o corpo de coloração branco prateada com o dorso e parte superior da cabeça, onde se destaca o maxilar inferior proeminente, mais escuros, como a linha lateral . Chega a medir mais de um metro de comprimento e pesar até 25 quilos.
 
       O Peba, menor e mais comum, tem o corpo mais curto em relação à altura e sua cabeça é proporcional ao mesmo. Ambas as espécies são encontradas do Sul dos E.U.A ao Sul do Brasil, em águas litorâneas, baías, canais e rios costeiros, alimentando-se de pequenos peixes e crustáceos. Tolera bem as variações de salinidade da água, muitas vezes sendo encontrado onde a ela quase não existe. Em alguns rios chega a conviver com o Tucunaré, muitas vezes chegando a ser encontrado mais longe da foz, que estes., mais isto é outra história.

 

        A Pescaria
 
       Mais próximo de nós, Cananéia e Bertioga são bons pontos de pesca e recentemente fizemos duas pescarias (de fly é claro) em Bertioga, que se não primaram pelo tamanho dos exemplares o foi pela quantidade. Na primeira, eu e o Marchioni guiados pelo Ossamu (Edson), tivemos a oportunidade de conhecer bem o local e ao final da mesma tínhamos acrescentado ao “currículo” 46 pequenos exemplares de tamanhos variados, que pescados com a varinha quatro, nos encheram de satisfação.

 
 
 

       Na outra, desta vez com um piloteiro do local e enquanto a maré permitiu na parte da manhã, pegamos 23 com a “vitória do Marchioni por 13 a 10, não que isto seja importante para mim ou para ele. Serve apenas para determinar as iscas mais produtivas e por isso os contamos.

 

       Como nem tudo são flores, noutra oportunidade na véspera de um campeonato de pesca organizado pelo Ossamu, capturamos vários deles e no dia, ficamos “no dedo”. Problemas da pressão atmosférica e da água suja, declaramos como explicação. Nessa ocasião salvou-se o atendimento que tivemos por parte da Sra. Rosa e seu marido Sr. Orestes, proprietários da Marina Aqua Azul, tel (0xx13) 3317-1272 que nos receberam muito bem, aliás como é de praxe na sua relação com os clientes, todos normalmente transformados em amigos. Na verdade, se quiséssemos bastaria levarmos o material de pesca pois, o restante eles têm para fornecer.

 
 
 
 
 
 

       E dos grandes, nada?
 
       Ainda não os encontramos, embora já tenhamos visto vários deles pescados por outros pescadores. Se o companheiro que estiver lendo esta matéria tiver um ou dois dias livres e se a maré for favorável eu recomendo Bertioga como um bom local para se flaisar uns Robalinhos.
 
       Se não tiver companhia, eu topo!

 

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