HISTORIA DE UM RECORDE ABSOLUTO
De Marcelo Moralles baangler@arnet.com.ar
Tradução livre Johanes "Jonas" Duarte tfa@theflyangler.com.br
A Busca, briga e captura do dourado mais impressionante fisgado com uma mosca
Muitas das minhas memórias de pesca tem os dourados como protagonistas, foram os primeiros peixes realmente combativos que se fisgaram em minhas iscas artificiais e nunca se omitiram de testar minhas habilidades buscando este peixes em todos os mais diversos lugares.
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La coisa estava indo bem ainda que não havíamos conseguido embarcar nenhum até a lancha. Marcelo fez um arremesso longo a minha esquerda desejando afundar bem a linha e logo começou a recolher a mosca sem grande aflição. Em determinado momento tudo se mudou pôr um brutal ataque, as primeiras cabeçadas não deixaram dúvidas que acerca do tamanho mas então veio o primeiro salto a poucos metros do barco. |
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Fiquei mudo ao ver o dourado mais grande que havia visto em uma vara de fly, saltando com as branquias abertas vaporizando a água ao seu redor e reluzindo seu lombo de uma cor maravilhosa. O gigante voltou a saltar correndo uns metros sobre a água reluzindo core de guerra e um poderio incontrolado. Eu gritei a Marcelo que ele tinha na ponta de sua linha o maior de todos, o monstro dos sonhos, mas já não podia prestar atenção concentrado como estava em não cometer um mínimo erro.
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O dourado decidiu buscar o fundo e nada rio abaixo, não havia forma de para-lo com um equipamento tão leve mesmo que pese que Marcelo o colocava ao limite. Derivamos com a lancha centenas de metros sempre com o grande peixe dominando a situação, várias vezes a vara esteve no limite de sua vida mas encorajávamos a Marcelo a desfrutar da briga com calma. Os minutos passavam sem cessar e foi uma eternidade o tempo necessário para colocar o dourado ao lado da lancha, seguia profundo como se não dera conta que estava cravado no anzol e a potência da vara não conseguia subi-lo. |
Héctor estimava o peso em 15 quilos, a mim me parecia mais grande mas sempre me equivoco com os dourados que pôr serem corpulentos parecem pesar muito mais do realmente pesam, sem contudo este me havia impressionado como enorme que era. Cinqüenta minutos haviam se passado e Marcelo ia da proa a popa da lancha a mercê do peixe que continuava no fundo sem ceder para nada apesar que a vara pôr vezes tomava curvas irreais das quais somente se salvava pôr nossos gritos. A esta altura Marcelo estremecia como uma folha e o cansaço já o deixava esgotado mas não o deixamos fazer nenhuma trapaça, cedo ou tarde o dourado iria subir e tínhamos todo o tempo do mundo, se a esta altura ainda não havia cortado ou soltado então estávamos bem, o dourado era quem tinha que se preocupar. Lentamente e colocando até a alma, Marcelo o foi subindo até que apareceu suas costas na superfície, eu fiquei mudo pensando no animal selvagem que teria adiante, Héctor apenas murmurou, deve alcançar uns vinte quilos. Aproxima-lo a lancha para agarra-lo com o Boga Grip foi um pandemônio, para começar a vara não dava para traze-lo e tocar na linha era uma responsabilidade que eu não me animava em tomar. Com cuidado e usando o butt da vara como na pesca de mar Marcelo colocou o dourado ao lado da lancha e assim conseguimos embarca-lo. Estava cansado e não se movia, pôr sorte não houvera nenhum desastre. Nos abraçamos todos ante a façanha de haver capturado um dourado que somente se da uma vez em um milhão de lançamentos, um dourado passará a história e fará de Concordia uma Meca para os que querem medir força com os maiores. Nós o pesamos com uma balança digital e quase chegou a vinte quilos, Marcelo decidiu homologa-lo na IGFA e as regras exigem que devem ser pesado em terra em uma balança certificada pelo que se decidiu em conserva-lo. Mais de uma hora se havia passado desde o ataque e havia pouca luz porém resolvemos voltar a buscar o cardume para mais alguns arremessos. Novamente tive um ataque brutal o dourado começou a descer o rio com uma velocidade e força inusitadas tirando linha e muito backing ao mesmo tempo que eu regulava o freio da minha Abel ao limite. De nada serviu, o bicho seguia rio abaixo com a força de um trem e aí gritei a Héctor que o seguisse, antes que começasse a mover a lancha a mosca se soltou e eu fiquei sem nenhum grande desta vez. Com calma soltei o freio da carretilha e comecei a recolher mais de 100 metros de backing que ele havia tomado, tentei até que a luz se foi mas sem obter outro ataque enquanto alguns dourados vinham a superfície como se fossem golfinhos brincando.
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Agradecimentos Marcelo Moralles famoso guia e pescador de Buenos Aires na Argentina proprietário da bonita fly shop Buenos Aires Anglers e representante da Sage na Argentina e também a Marcelo Pérez pescador deste magnifico recorde que sem ele nada disto teria sido possível. |