Flotilha

Aurélio, [Do esp. Flotilia]
S.f.
       1. Frota pequena
       2. Agrupamento de navios( de guerra ou de pesca) de pequeno tamanho e com características idênticas ou semelhantes.
Popular: Grupo de incautos que circundados por objeto de material inflável adornado de trapizongas várias e de segurança duvidosa intentam pescar

       Bocaina

Aurélio, [De boca 1 (ô) + -ana1, com i epentético.]
S. f.
       1. Bras. Depressão numa serra.
       2. Vale ou canhada entre duas elevações do terreno.
       3. Bras. S. Entrada de canal ou de rio.
       4. Bras. AM Braço de água ou furo que liga um lago a um igarapé.
       5. Bras. MA Baía ampla e profunda.
Popular: Serra na divisa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

E nós resolvemos juntar as duas coisas!

       Não bastasse a quantidade de material acumulada em vários anos de consumismo pescativo se podemos chamar assim nossas idas às lojas de materiais de pesca onde à guisa de rever os amigos ou de apenas bater um papinho sempre arranjamos um jeito de adicionar à tralha aquele algo mais que na verdade nem era tão importante ou estivesse fazendo falta.

Eis que um belo dia me surge o Marcão (Valério) dizendo ter encomendado junto com o Macedo um float tube para as pescarias de Robalos nos rios do litoral Norte. Levada a informação ao 100 este foi categórico: Problema teu, o meu já está na garagem!

       Como não sou de abandonar os amigos, principalmente em situações que envolvam pesca, peixes e afins, logo estava com o Jonas e o Big M, procurando a maneira de conseguir os nossos enquanto já tratava da formação de um grupo de companheiros com a mesma idéia e que de antemão denominamos de flotilha.

       Do pedido à Cabella's à entrega em minha casa não decorreram oito dias e logo eu estava inflando aquele "trambolho" na sala, em meio aos comentários da Pi: Bem, você inventa cada uma, não é perigoso?

       Claro que não retruquei enquanto pensava: Desde que não fure ou a válvula não falhe! Neste ínterim a conta telefônica ia aumentando tantas as perguntas sobre acessórios ou coisas que pudessem ser anexadas aos floats para facilitar a pescaria.

     Poitas, correntes para diminuir o arrasto pela correnteza, saco para material, net, pano para limpeza das mãos, etc. Tudo isto sem falar no material para a pesca distribuído nos bolsões do float, juntamente com máquina fotográfica, repelente de insetos, filtro solar e meus indefectíveis Tic Tac, que não poderiam faltar.

       O 100, o Marcão e o Macedo já haviam experimentado esse tipo de pescaria, fazendo algumas investidas aos Robalinhos na barra do Sahy, o que nos atiçava cada vez mais para a tão falada pescaria onde estaríamos todos juntos. Resolvemos que o lançamento oficial do grupo seria na Serra da Bocaina, na divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, o que facilitaria a reunião com os companheiros cariocas.

       Mas infelizmente na data marcada já contávamos com a "baixa" do 100 e logo constatamos a impossibilidade da vinda do Big M. Vieram o Beto Saldanha e o Cristiano, que juntamente com João Emílio, o Carlos e o Vlademir, reforçaram a flotilha, "lutando" do barranco como se fossem fuzileiros navais enquanto o Marcão, o Jonas e eu, navegávamos em busca dos "inimigos", que na verdade nem eram tantos.

       Grata surpresa. A pescaria flotando é como diria a garotada, uma curtição, ou mais descontraidamente ainda, "muito maneira"! Você deslizando lentamente levado pelo vento ou impulsionado pelas nadadeiras, enquanto aqui e ali vai descobrindo novos pontos com arremessos suaves e precisos.

       É ilusório mas aparentemente tua interação com o ambiente é muito maior e até mesmo as ferradas ou as pegadas dos peixes com a net tem um quê de diferente e que embora sentindo eu não saiba explicar. Infelizmente a alegria só não foi maior em virtude das ausências do 100 e do Big M, mas nada que não possa ser compensado noutra oportunidade, quando todos juntos desfrutaremos das alegrias da pesca e da amizade.

     O Material:

       Os Floats corresponderam ao esperado. No entanto o modelo em "U", facilita muito o embarque e desembarque mas depois disso não existe nenhuma diferença para o modelo circular, como poderão ver nas fotos.

       Usamos varas nš 4 e nš 6 com linhas floating e variados tipos de iscas. A pouca oxigenação da água e a pequena eclosão levaram-nos a utilizar ninfas com predominância, das Stonefly e Montanas, atadas em anzóis 6,8 e 10 de hastes longas, que fizeram um verdadeiro sucesso.

Mais Fotos: